Desde seus primeiros dias, a criança tende a manifestar uma potente vitalidade e pode encontrar estímulos suficientes ao seu redor para confiar em seus movimentos e explorações, reforçado sua natural pré-disposição, alegre e dinâmica. Em consonância com isso, ao redor dela se constitui um meio ambiente afetivo que lhe permite integrar-se e expandir-se, que a sua vez confia nele, acompanhando-o a distância e possibilitando seus jogos e desejos. A diferença das outras Luas, a modalidade afetiva que se materializa permite a criança muito espaço próprio, enchendo-a de estímulos para seu bem estar e para a exploração do mundo. No princípio, o criança encontrará pouca interferência em seus desejos e movimentos, mas tão pouco se sentirá abandonado a si mesmo. O modo como se constitui o cenário de uma Lua em Sagitário faz com que se sinta muito livre, mas ao mesmo tempo, sempre guiada e protegida por alguém que lhe facilita as brincadeiras e o aprendizado, com um mínimo de intervenção. Daí a sensação de confiança básica nas interações e um entusiasmo que descarta a presença de limites aos seus desejos, se constitua no pressuposto emocional do qual experimentará a existência.
Se observarmos a configuração do cenário em outros planos, encontraremos geralmente abundância, não necessariamente econômica e de meios mas seguramente afetiva. Haverá uma predisposição familiar a acreditar na bondade da vida, quem sabe pela forte influência de alguns de seus membros a quem a criança percebeu como muito confiável, ou de constante bom humor. Também - isto na realidade é mais comum - pela existência de fortes crenças religiosas ou ideológicas na família, que manteve todas as suas experiências infantis de sentido e otimismo.
É muito raro que ao relatar a história de seus primeiros anos uma pessoa com a Lua em Sagitário descreva situações de carência ou conflito. O impacto do mundo familiar, em sua formação, pode imprimir-lhe a sensação de ter sido o melhor dos mundos ou, em todo caso, de não ser obrigado a enfrentar a frustração e a dor por muito tempo. Em geral, este último - a dor, a frustração e as dificuldades - aparecem como uma condição própria da vida adulta, em que foi preciso adaptar-se dolorosamente. A pessoa terá que fazer um esforço para poder resignar sua história infantil e deixar aflorar as recordações ligadas ao conflito ou a dificuldade.
Outro traço visível são as viagens em família, estes são hábitos importantes e é provável que algum membro da mesma família tenha relações com o estrangeiro, por alguma razão.
Durante os primeiros anos pode estabelecer nestas pessoas uma forte afetivação das viagens. Ao compartilhar a espontaneidade emocional com a qual os seus viajam - ou pelo menos, com a que se refere ao estrangeiro - se instala nelas a sensação de que os mundos distantes são familiares e seguros. Esta familiaridade afetiva com a amplitude do mundo as predispõem a correr grandes distâncias e a dar a boa aventurança a tudo aquilo que provenha de outras latitudes.
Por outra parte, como dissemos, a família pode estar impregnada de fortes sentimentos religiosos, de princípios morais ou ideológicos que dão por seguro a evolução da humanidade - ou a parte dela que se identificar - até um futuro cheio de esperanças, que permite dar sentido a todos os atos da vida. Alguns membros da família podem ser muito crentes, com o que transmite a criança a convicção de que a vida tem um sentido positivo, além de suas vicissitudes e dificuldades. Isto não constitui simplesmente uma série de crenças e ideais as quais a família adere, e sim irradia uma convicção poderosamente otimista acerca da vida, que contagia com entusiasmo os demais. A criança não pode esconder-se desta confiança já que, é sua energia que a leva a ser educada nestas convicções, que no futuro serão sua percepção da realidade.
Assim mesmo, é possível que haja em seu meio afetivo imediato pessoas dedicadas ao ensinamento, com muitos conhecimentos que podem dar conta de múltiplas perguntas da vida. Tudo tem uma resposta e um sentido e há possibilidade certa de compreender o mundo, esta sensação que acompanha a criança desde o princípio, se verá confirmada através de suas futuras experiências e do contato com outras pessoas.
Em geral, quem tenha nascido com a Lua em Sagitário têm estabelecido em sua infância uma relação de intenso amor com as pessoas com essas características, que lhes transmitiu uma certeza emocional do sentido da vida. Pode ter sido alguém muito nobre e sábio, muito religioso e devoto, ou cheio de idéias compreensivas e motivadoras: seja como for, dá uma forma indelével a criança. Em alguns casos se trata de uma pessoa com um grande bom humor e muita disponibilidade para a aventura, a vida ao ar livre ou a exploração do mundo.
Que estes vínculos estejam presentes no emocional de nascimento é uma necessidade para atualizar a qualidade sagitariana que se manifesta através da Lua da criança. De uma forma ou outra, voltarão a fazer-se presentes ao longo da vida, ainda quando a pessoa amplie sua percepção da realidade - uma vez adulta - ao inteirar a energia lunar com o resto de seu sistema.
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