As primeiras efemérides – casas – interpretações.

Os caudeus eram observadores e matemáticos perspicazes. Viram que os acontecimentos no céu seguiam um padrão: as estrelas moviam-se numa ordem fica através do firmamento e os planetas vagavam excentricamente, mas em um mesmo plano, contra o fundo estrelar. Tornou-se aparente que os planetas também se comportavam regularmente à sua maneira individual, e assim, as primeiras efemérides, ou tábuas de movimentos planetários, foram traçadas: as mais antigas efemérides escritas datam de meados do século VII a.C., época do rei assírio Assurbanipal.

Ao elaborar seu sistema cosmológico, os caldeus fizeram uso das doze constelações principais através das quais o Sol e a Lua passavam regularmente, e que foram as precursoras do zodíaco.
A cada duas horas as constelações em movimento se deslocavam 30º no céu. Durante séculos, toda a observação astronômica permaneceu vinculada ao nascimento e ao ocaso de corpos celestes dentro desse padrão. Havia também outro conjunto de doze seções, sem ligações com o primeiro, e essas sessões eram conhecidas como casas. Eram numeradas a partir da inclinação oriental sob o horizonte e representavam áreas de vida seguindo o seguinte padrão: 1 – vida; 2 – pobreza/riqueza; 3 – irmãos; 4 – pais; 5 – filhos; 6 – doença/saúde; 7 – esposa/marido; 8 – morte; 9 – religião; 10 – honrarias; 11 – amigos; 12 – inimigos.





Os planetas eram descritos de acordo com as casas que ocupassem e também em termos dos aspectos que formavam uns com os outros e dos ângulos entre eles, que revelavam o tipo de influência que tinham probabilidade de exercer. No começo a astrologia babilônica não era diretamente pessoal, preocupavam-se antes com eventos em larga escala, tais como o advento das guerras, enchentes e eclipses, e seu possível efeito sobre o rei, que personificava os assuntos do Estado e o seu bem-estar.

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