Astrologia na Índia

O mais antigo livro astrológico indiano conhecido foi escrito por volta de 3000 a.C., época em que florescia uma avançada civilização no vale do Indo. O subcontinente continua sendo até hoje a única grande área do mundo onde a astrologia ainda tem uma forte e difundida influência na vida cotidiana.

Constantes invasões de oeste garantiram que parte da teoria astrológica da Índia se tornasse familiar ao observador ocidental. Começando com os arianos, em cerca de 1550 a.C, que levaram consigo idéias babilônicas, e depois dos gregos, sob o Alexandre o Grande, que juntaram a isso os últimos avanços helênicos, o intercâmbio de idéias foi sistemático. Os grandes textos hindus, os Vedas, contêm referências astrológicas e também abrigam a idéia hermética grega de catasterismo – almas elevando-se ao céu para se transformarem em estrelas.

Pelo século III d. C., a astrologia estava bem desenvolvida e se estabelecera como uma força popular. Uma das razões para a sua contínua popularidade é a relação da astrologia com os conceitos de carma e de transmigração das almas através das sucessivas reencarnações, até a união final, ou o completo ciclo da alma na Terra. A astrologia é utilizada para estabelecer o estágio que uma alma alcançou em sua jornada.

Uma das principais diferenças entre a astrologia ocidental contemporânea e a indiana é o uso do zodíaco sideral, com os planetas sendo observados contra o pano de fundo das constelações e não quando se encontram dentro de campos iguais da eclíptica. Sendo que a astrologia indiana é considerada ocidentalmente como prática esotérica.

Em assuntos domésticos indianos, a influência da astrologia parece completamente difundida. Os horóscopos de noivas e noivos em perspectivas são examinados com vistas a sinais de instabilidade mental e debilidade física, assim como de evidência de compatibilidade de inteligência e temperamentos, o que se dá o nome no ocidente de sinastria.

Um homem que vá construir uma casa contratará, junto com o arquiteto e o pedreiro, um astrólogo. O momento de lançar a pedra de fundação, cavar um poço, dizer ao proprietário que ele pode se mudar, tudo isso é estabelecido com grande precisão. Cada objeto da natureza é visto como radiando algum grau de força cósmica, de modo que, quando vários materiais devem se combinar numa construção, devem ser reunidos no momento correto, a fim de que não interajam desfavoravelmente.

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