Associações afetivizadas, reações, mecanismos

Veremos agora com mais detalhes as possíveis manifestações desta energia - em todo o campo afetivo primário - para compreender melhor a constituição do hábito que desenvolverá como mecanismo na pessoa adulta. Todas elas apresentarão necessariamente, de distintas formas, a ligação ao mesmo tempo fascinante e aterrorizante entre aquilo que dá vida e aquilo que a tira.

Já vimos que muitas vezes isto se faz presente na mesma vida ulterina da pessoa com a Lua em Escorpião. Por exemplo, alguém muito próximo pode ter morrido enquanto a mãe estava grávida, de modo que ao tempo que o nutria e protegia seu ventre, ela se sentia invadida pela dor e sensação da morte. Que a mãe experimente com toda a intensidade a ambivalência entre a alegria de esperar um filho e a presença simultânea da morte, o sofrimento ou alguma dor quase insuportável, forma parte desta estrutura. É dizer, a mãe, enquanto dura a gravidez, pode estar vivendo simultaneamente depressões profundas, conflitos desgarrados, perdas dolorosas e até tentativas ou fantasias autodestrutivas. Muitas vezes ocorre que, imediatamente antes dela, houve um irmão que morreu e a mãe ainda está carregada com esta dor, e inclusive atravessa a fantasia da perda da nova gravidez. Também pode ocorrer que a pessoa ao nascer com a Lua em Escorpião de uma mãe que tenha tido muitos abortos, isto é totalmente independente de que a pessoa o seja ou não, por quanto é óbvio que o registrará a nível inconsciente. De resto, a criança nasce em um ventre em que tenha ocorrido mortes de forma concreta.

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