Distintos níveis de energia.

Por certo, outra questão será a aderência e fixação da consciência a esta energia. Nossa visão astrológica atenta, basicamente, aos distintos núcleos ou modalidades energéticas que uma carta apresenta. Se trata de distinguir nos núcleos diferentes níveis de vibração para indagar em qual deles ficou fixado a consciência. Esta fica aderida e não pode deixar de se identificar à esta vibração ou qualidade, deixando de perceber assim a existência dos outros níveis possíveis para o mesmo núcleo. Ao desconhecê-las, não pode viver outras possibilidades vibratórias como próprias e inevitavelmente às teme ou às aniquila. Neste sentido, resulta fundamentalmente na não identificação da consciência de certas vibrações prediletas porque ao se redistribuir, dá respostas mais flexíveis a realidade energética. Se permanece fixa em alguma posição, o contato, se fragmenta irremediavelmente e começa um processo de rechaço daquilo que profundamente à constitui.

A projeção é uma conseqüência dessas vibrações não incorporadas?

Sim, mas antes é preciso distinguir suas diferentes manifestações, ampliando o campo do que habitualmente chamamos de projeção. Se projeto Saturno, por exemplo, toda a autoridade me parecerá rígida, fria e perniciosa; mas também podem aparecer questões objetivas como retratos nos processos nos que se vêem envolvidos, problemas nos ossos, músculos...Não deveríamos falar de projeção e sim da capacidade de identificação com a energia de Saturno, seguramente por um excesso de identificação com o oposto.

Estas seriam “situações de destino”?

Sim, entendida como manifestação de energia, mais além da dita situação, que se faz constatada ou não - para a pessoa que vive - algum arquétipo do inconsciente coletivo.

Este fenômeno só se constitui com essa Lua?

Não, em absoluto: se trata de algo global. Neste sentido tenhamos em conta que as coisas se expõem respectivamente a um tema em particular, sempre exemplificam - em forma concreta - temas globais.

Agora bem, com a Lua estamos no máximo nível de fixação da consciência. Por isso, podemos dizer que é tão importante o trabalho com ela: porque é uma vibração muito cômoda. É a vibração mais familiar que temos a nossa disposição, ainda que digamos às vezes que nos faz sofrer. E se a comodidade que proporciona é tão evidente, de qualquer maneira a consciência se refugia ali, apelando a essa vibração, cada vez que registra insegurança, perigo e temor.

A imagem do capuz que usaremos às vezes, pretende dar a sensação mais que a descrição, da energia lunar que existe em uma pessoa.

Logo tentaremos descrever conceitualmente - ou com imagens - a “mãe”, fazendo aqui uma referencia casual do tipo histórico-psicológico, no sentido da articulação de um processo que parece provocado pela presença de certas pessoas, que se fixam em imagens inconscientes. Em geral, é mais fácil explicar a Lua desta segunda maneira, para ser compreendido, do que fazê-lo nos termos energéticos da primeira. Se a uma pessoa dizemos “você irradia uma energia básica roxa e agressiva...” a possibilidade de comunicação será possivelmente baixa. Mas se começamos dizendo-lhe “em sua família, sua mãe era muito desconcertante, muito ativa e isto fazia sentir-se hostilizado...”, existe a possibilidade de ir criando um circuito de boa compreensão. De um ponto de vista profundo - ainda não significa que não seja verdadeiro no plano - falar desta segunda maneira é um artifício que se aplica para poder se comunicar. Por isso, é insuficiente ficar nesta descrição.

Nenhum comentário: