Os filhos

Uma característica muito importante desta Lua é que a experiência de ter filhos pode ser bastante complexa, porque eles rompem o eixo desse mundo perfeito, “só com a mãe”. É evidente, por outro lado, que estas pessoas amam muito seus filhos e se vinculam com eles por um talento nato. Mas a experiência da própria maternidade - ou paternidade - é psicologicamente difícil porque lhes exige sair desse lugar imaginário e seguro, em que, mesmo sendo adultos, ainda fantasiem que são filhos. Ser mãe ou pai implica sair da posição simbiótica e assumir a responsabilidade de enfrentar o mundo, isto assusta essa criatura vulnerável, que ainda acreditam ou sonham ser.

Até esse momento, é usual que inconscientemente se abriguem no lugar do filho, ainda que às vezes aparentem ser a figura protetora. Ter um filho os forçará a obriga-se muito mais a amadurecer, neste ponto se faz muito visível, nesta Lua, a distância entre o talento e o refúgio. Assim, possuem um grande talento maternal e uma maravilhosa capacidade para criar, seus refúgios são em muitos casos a postergação desta experiência. Isto ocorre sobre tudo com os homens, é típico que a chegada dos filhos lhes provoquem crises muito profundas, que por certo terminem sendo muito positivas porque lhes permitem expressar outra matiz da Lua e integrá-la criativamente ao sistema. Ali a qualidade protetiva fica totalmente incorporada ao serviço das necessidades reais dos outros.

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