A cadeia causal

Os astrônomos sugeriram que o Sol, a Lua e os planetas tenham estado um dia reunidos num único corpo celeste, que posteriormente teria explodido. Seja essa uma explicação válida ou não, os astrólogos geralmente consideram os corpos “ativos” do sistema solar como a soma total de uma única força impulsora. Dentro dessa estrutura, alguns astrólogos acreditam que os planetas simbolizam o modo como pensamos e nos comportamos na Terra. Por outro lado, muitos astrólogos modernos estão impressionados com o crescente peso da evidência científica que vem apoiar um sistema causal.

A teoria de que o universo é um imenso “superevento” consistindo em harmonias e vibrações intimamente entrelaçadas, cujo relacionamento os astrólogos vem estudando, poderia ser recomendada a ambos os lados da trincheira científica. Entretanto, para as pessoas que possuem uma mente técnica mais rígida, os conceitos da astrologia ainda podem parecer difíceis de encaixar na visão tradicional do universo como uma série de eventos atômicos causalmente ligados. Em outras palavras, pode-se fazer a mesma velha pergunta: “Como pode um planeta como Saturno, que se encontra a milhões de quilômetros de distância, ter qualquer efeito significativo sobre a vida de um indivíduo nascido no planeta Terra num determinado dia?

Para pessoas desse tipo, a resposta de que um elo causal foi demonstrado, mas não explicado, deveria bastar, mas existe, por coincidência, uma interessante idéia alternativa que foge da noção da causalidade. Por ela temos uma dívida de gratidão com o grande filósofo e psicólogo C. G. Jung (1875 – 1961), cuja mente inquisitiva o levou a explorar águas que cientistas mais tradicionais hesitavam em sondar.

Para muita gente, o interesse de Jung e seu envolvimento com os princípios, se não com a prática, da astrologia foram o primeiro estágio importante do lento reflorescimento que testemunhamos hoje, do interesse científico por esses assuntos, que por tanto tempo foi deixado de lado.

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