A inibição da espontaneidade

O realmente complexo nesta Lua é que há um grande desapego e protelação da espontaneidade, em função do correto. Com o tempo essas pessoas terminam reprimindo muita dor, agressividade, necessidade de liberdade. Se transformam em seres muito carregados e contidos, prenunciando assim, a tendência à sintomas físicos: úlceras, problemas intestinais e de pele, etc. Estar dentro desse “computador” inconscientemente faz com que julgue o próprio desejo, expressar o que está acontecendo no exato momento, resulta em algo muito difícil para a pessoa, e muito mais quando esta, eventualmente, chegue a saber que “tem de ser espontânea” porque isso fica gravado como um “saber” mais do mecanismo, transformando-se em uma falsa espontaneidade.

É muito difícil que uma Lua em Virgem expresse toda a carga contida. Isso seria um comportamento desordenado e inadequado, mas é necessário advertir para quem: não para o aspecto realmente mais maduro e integrado, e sim para a criança que a pessoa leva dentro de si e que depende emocionalmente do que sua mãe - Lua disse. Assim, podem dar respostas adaptadas e sobre tudo racionalizadas na que se dilui ou pelo menos justifica a carga. Um amigo com a Lua em Virgem, que necessitava descarregar sua raiva acumulada, me confessou: “sabes o faço quando estou com raiva? Quando estou no carro e passo por uma estação de trem ou debaixo de uma ponte, fecho os vidros e grito com tudo” Certamente ele se sente assim totalmente liberado, mas essa descarga satisfaz mais a “mãe” que a totalidade do sistema. Se para descarregar-se tem que programar a cena, é claro que a espontaneidade equivale a um mistério total para essa pessoa. Por suposição, mais tarde, ocorrerá algo crítico que às fará explodir, sem possibilidade de que controlem a situação. E nesses momentos, a sensação de caos, por terem saído do “estabelecido” é muito grande, e é aqui onde se põe em jogo a capacidade de recorrer a outras qualidades para resolver a situação, ou ao contrário, aparece a impossibilidade de sustentar o vazio emocional, e volta disparar o mecanismo.

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