Uma das mais antigas e profundas representações míticas do Sol é o antigo símbolo da realeza. Os reis eram tidos como a incorporação terrena da divindade, o veículo mortal pelo qual a vontade do divino se manifestava no mundo. Há uma camada arcaica em todos nós que, até hoje, ainda reage ao símbolo mágico da realeza. O símbolo da realeza congrega as diversas figuras solares míticas.
O Sol é progressivo. É um princípio dinâmico que se desenvolve ao longo de uma existência. Na verdade, nunca acabamos de desenvolver o Sol, pois esse aspecto da personalidade está sempre em um processo de vir-a-ser (devir), de rumar para alguma meta ou visão futura.
Joseph Campbell chama de “monomito”, a história do herói presente na mitologia de todos os povos. O mito do herói é um mito solar, pois o herói está sempre prestes a se tornar algo. Ele não nasce automaticamente como herói. Ele deve conquistar o direito de se tornar um herói e rei, bem como um veículo adequado para os deuses que são seus pais.
Há em nossa natureza uma dimensão lunar e outra solar. A evolução do mito do herói através do desenvolvimento do seu EU é importante para ambos os sexos. A representação masculina e feminina refere-se apenas a uma qualidade da energia, receptiva e dinâmica, para as quais as divindades míticas são as imagens mais apropriadas.
Joseph Campbell em seu livro “O Herói de Mil Faces, é uma das melhores explorações psicológicas do Mito.
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