O sistema solar como paradigma funcional

Em astrologia cada símbolo relaciona diferentes tipos de realidade, desde as mais abstratas até as mais concretas; ao mesmo tempo denota espaços que, na divisão sujeito-objeto, denominamos “interno” e “externo”. No “interno” se incluem dimensões do inconsciente, tanto coletivas como pessoais, assim como atribuições psíquicas específicas (intelecto, afetividade, sensação de identidade, etc.). Por sua vez, no “externo” encontramos pessoas e vínculos, objetos, acontecimentos, aspectos da paisagem e a natureza, animais, metais e pedras. Finalmente sabemos que cada símbolo se relaciona também com uma parte do corpo humano. De um ponto de vista mais geral, cada planeta do sistema solar pode ser compreendido como parte de um sistema, tendo uma função específica nele.

Para a astrologia, o sistema solar é um paradigma funcional presente em toda a realidade, tanto “interna” (psíquica) como “externa” (mundo). No entanto, a matriz do sistema solar em sua totalidade se encontra em cada fragmento de si mesmo. Desta maneira, toda a função de um sistema particular - biológico, mecânico, psíquico, social - tem sua correspondência com o sistema solar.

Desta perspectiva, cada corpo do sistema solar ocupa um lugar funcional possível. Cada sistema - corpo, psique, família, sociedade e instituições, organismos viventes - possui sua Lua, seu Sol, seu Saturno ou Júpiter. Ou seja, aquilo que mais tarde a percepção habitual captará dissociadamente, como elementos separados da realidade ou como constituintes autônomos da consciência de si mesmo, surge uma matriz comum - o sistema solar - que se reproduz em todos os níveis e formas de nossa realidade cotidiana.

Em conseqüência podemos conceber a cada planeta como a função de um sistema. O que faz a Lua, terá significado no mundo “externo”: mãe, casa, lugar, útero, parto, etc. No “interno” se associará com a afetividade, a memória, as imagens psíquicas maternas, ou o arquétipo da Grande Mãe e aquilo que à associam. Mas todos estes elementos podem a sua vez ser sintetizados por um denominador comum em um nível mais abstrato; este denominador é a função da Lua, dentro do sistema.

Função
Mundo “Interno” -   Mundo “Externo”


Compreender a função sistêmica de um símbolo nos permite superar a dicotomia entre “subjetivo” e “objetivo”, possibilitando uma síntese entre as características psicológicas e as significações mundanas.

Qual é então, a função correspondente da Lua em qualquer sistema?



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